terça-feira, 22 de novembro de 2011

Liberdade na Prisão

            Uma visita a uma prisão federal, na Baía de São Francisco, deixou-me com algumas imagens inesquecíveis. Quando nosso barco turístico atracou no cais, pude ver porque essa prisão federal de segurança máxima, agora fechada, foi conhecida como “A Rocha”.
            Mais tarde, em seu interior, fiquei olhando para os raios de luz que entravam através de janelas com grossas barras de ferro. Vi fileiras e fileiras de celas como gaiolas onde moraram presos famosos como Al Capone e Robert Stroud, o “Homem-Pássaro de Alcatraz”.
            Outra imagem provocou uma impressão mais profunda. Entrando em uma cela vazia, vi o nome de Jesus rabiscado em uma parede. Em outra, uma Bíblia encontrava-se em uma prateleira. Juntas, falavam silenciosamente da maior de todas as liberdades.
            Paulo conhecia tal liberdade enquanto esperava para ser executado. Considerando a si mesmo um “prisioneiro de Cristo”, usou seu encarceramento para ajudar outros cativos a descobrir o que significa ser um membro querido da família de Deus, e eternamente perdoado (Filemom 1:10).
            Janelas e portas com grades representam uma espécie de confinamento. A paralisia física, a pobreza sem possibilidade de escape e o desemprego prolongado, são outras. Talvez você suporte ainda outra. Nenhuma delas deve ser desejada, entretanto quem trocaria a “prisão” com Cristo, pela vida em liberdade sem Ele?

FONTE:
Martin R. De Haan
Nosso Andar Diário – Ministério RBC
MENSAGENS Q EDIFICAM

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

VC É UMA OBRA DE DEUS

Não pare. Prossiga!

Por mais que lhe falem da tristeza
. . . prossiga sorrindo!
Por mais que lhe demonstrem rancor
. . . prossiga perdoando!
Por mais que lhe tragam decepções
. . . prossiga confiando!
Por mais que lhe ameacem de fracasso
. . . prossiga apostando na vitória!
Por mais que lhe apontem erros
. . . prossiga com os seus acertos!
Por mais que discursem sobre a ingratidão
. . . prossiga ajudando!
Por mais que noticiem a miséria
. . . prossiga crendo na prosperidade!
Por mais que lhe mostrem destruições
. . . prossiga na construção!
Por mais que acenem doenças
. . . prossiga vibrando saúde!
Por mais que exibam ignorância
. . . prossiga exercitando sua inteligência!
Por mais que o assustem com a velhice
. . . prossiga sentindo-se jovem!
Por mais que plantem o mal
. . . prossiga semeando o bem!

domingo, 20 de novembro de 2011

Celebrai a Cristo Com as notas

E      A    B       E                  A    B  
Celebrai a Cristo, celebrai
E      A    B           E
Celebrai a Cristo, celebrai

B                C#m
Ressuscitou, ressuscitou
B                    C#m
Ele vive para sempre

B                  
Vamos celebrar, Rei
B                 
Vamos celebrar, Ooo
B               
Vamos celebrar

           A             B        E
ressuscitou meu Senhor

festa de 15 anos

esse final de semana como todos os anos acontece aconteceu mais uma festa de 15 anos ou o culto da primavera que foi lindo.
o evento teve 12 meninas que festejaram juntas essa data tão significante.
DEUS é digno de ser louvado por cada uma dessas que atingiu seu aniversário.
 louvado e glorificado. E foi louvado pelos lábios de cada uma dessas que fez aniversário.
o culto é um evento feito por um pastor ja com seus 70 ealguns anos e que começou a fazeressafesta quando sua filha mais velha fez seus 15 a 26 anos atras e nunca mais parou de fazer.
este texto é referente ao culto de 2010 em 2011 outra festa acontecerra

sábado, 15 de outubro de 2011

Como Caminhamos

Leitura: Deuteronômio 11:13-23.

Mensagem:
Como Caminhamos

            Um programa de televisão que gosto de assistir tem um segmento denominado Emboscada da Maquiagem. Duas mulheres são escolhidas para se submeterem a três horas de mimos para atualizar seu cabelo, maquiagem e guarda-roupa. Frequentemente, a mudança é dramática. Quando as mulheres saem detrás da cortina, a platéia fica sem fôlego. Às vezes, amigos e parentes começam a chorar. Só após tudo isso, a pessoa com a nova aparência finalmente pode ver a si mesma. Algumas ficam tão chocadas que continuam se olhando ao espelho, como que em busca de provas de serem elas mesmo.
            Quando as mulheres atravessam o palco para se unirem aos acompanhantes, seu eu anterior torna-se evidente. A maioria não sabe nem como caminhar com os novos sapatos. Embora pareçam chiques, seu caminhar desajeitado as delata. Sua transformação é incompleta.
            Isso é válido também para a nossa vida cristã. Deus faz a obra em nós para nos dar o recomeço, mas andar no caminho do Senhor (Deuteronômio 11:22) requer tempo, esforço e muita prática. Se apenas ficarmos parados e sorrirmos, poderemos passar por pessoas transformadas. Mas, nossa maneira de caminhar denuncia o quanto fomos transformados. Ser transformado significa abrir mão do nosso estilo de vida anterior e aprender uma nova maneira de caminhar (Romanos 6:4).

FONTE:
Julie Ackerman Link
Nosso Andar Diário – Ministério RBC
MENSAGENS Q EDIFICAM
Twitter: www.twitter.com/mqedificam

quinta-feira, 9 de junho de 2011

que é o amor?



Esta foi uma pesquisa feita por profissionais de educação e psicologia com um grupo de crianças de 4 a 8 anos.

As crianças são sábias... vamos aprender juntos???

Respostas:

"Amor é quando alguém te magoa, e você, mesmo muito magoado, não grita, porque sabe que isso fere seus sentimentos" - Mathew, 6 anos

"Quando minha avó pegou artrite, ela não podia se debruçar para pintar as unhas dos dedos do pé. Meu avô, desde então, pinta as unha para ela. Mesmo quando ele tem artrite" - Rebecca, 8 anos

"Eu sei que minha irmã mais velha me ama, porque ela me dá todas as suas roupas velhas e tem que sair para comprar outras" - Lauren, 4 anos

"Amor é como uma velhinha e um velhinho que ainda são muito amigos, mesmo conhecendo há muito tempo" - Tommy, 6 anos

"Quando alguém te ama, a forma de falar seu nome é diferente" - Billy, 4 anos

"Amor é quando você sai para comer e oferece suas batatinhas fritas, sem esperar que a outra pessoa te ofereça as batatinhas dela" - Chrissy, 6 anos

"Amor é quando minha mãe faz café para o meu pai e toma um gole antes, ara ter certeza que está do gosto dele" - Danny, 6 anos

"Amor é o que está com a gente no natal, quando você pára de abrir os presentes e o escuta" - Bobby, 5 anos

"Se você quer aprender a amar melhor, você deve começar com um amigo que você não gosta. - Nikka 6 anos.

"Quando você fala para alguém algo ruim sobre você mesmo e sente medo que essa pessoa não venha a te amar por causa disso, aí você se surpreende, já que não só continuam te amando, como agora te amam mais ainda" - Samantha , 7 anos

"Há dois tipos de amor, o nosso amor e o amor de deus, mas o amor de deus junta os dois" - Jenny, 4 anos

"Amor é quando mamãe vê o papai suado e mal cheiroso e ainda fala que ele é mais bonito que o Robert Redford" - Chris, 8 anos

"Durante minha apresentação de piano, eu vi meu pai na platéia me acenando e sorrindo. Era a única pessoa fazendo isso e eu não sentia medo" - Cindy, 8 anos

"Não deveríamos dizer eu te amo a não ser quando realmente o sintamos. e se sentimos, então deveríamos expressá-lo muitas vezes. As pessoas esquecem de dizê-lo" - Jessica, 8 anos

"Amor é se abraçar, amor é se beijar, amor é dizer não" - Patty, 8 anos

"Amor é quando seu cachorro lambe sua cara, mesmo depois que você deixa ele sozinho o dia inteiro" - Mary Ann, 4 anos

"Deus poderia ter dito palavras mágicas para que os pregos caíssem do crucifixo, mas ele não disse isso. Isso é amor" - Max, 5 anos".



Para que você possa viver o amor não é preciso procurar muito, ele está nas pequenas coisas...
Apenas ame como criança, e será muito feliz.

domingo, 29 de maio de 2011

"O Tudo e o mais"






SuelyDam


Sou sua ao saber-me amada!Sou tudo quando sei que me amas assim!Sou sábia ao entender que sou mais!Sou tudo quando descubro cada dia um pouquinho!Sou mais sabendo que não se afasta o amor!Sou feliz percebo que é no silêncio que te encontro!Seja mais... lute por ele!Sou grito, quando você não me ouve!
Sou tudo, porque até no silêncio eu aprendo!
Sou tudo, porque quando mais te vejo é quando estou de olhos fechados!
Sou tudo quando enxergo você... dentro de mim!Sou feliz sabendo disso!
Sou você... como posso negar?
Sou sua amada plena e absoluta... 
Estou... abra o coração que me verás
Sim... basta procurar que encontrará dentro de você!
Sou o silêncio que cala em você!
Sou a saudade que sinto de você...
Sou o leque que se abre ante sua solidão...
Sou aquela que lê o poema...
Sou as respostas...
Sou o amor... que te escreve agora...

Sou tudo, porque és meu agora...
Sou a lembrança desse amor...
Sou a alegria que sopra o vento nos teus cabelos
Sou  o dodói precisando de cuidados
Sou a prisão sem liberdade de correr até voce...
Sou o centro desse amor e por ele me disperso
Sou a dor que nasceu no teu peito e hoje doi no meu
Sou o colo pronto, quando quiser...
Sou o espaço vago dentro desse amor
 Sou coração em metade, porque a outra metade esta em voce...
Sou eu... não vê..
Sou a menina morena da menina dos teus olhos
Sou vida... sabendo que posso amar
Sou a liberdade de responder esse grito
Sou o lápis rabiscando as respostas
Sou teu sonho de amor, mesmo acordado...
Sou tudo, quem disse que eu fui, se ainda sou?
Sou teu sonho de amar...
Sou o vôo livre que alcança o sonho
Sou alguem precisando de carinho
Sou a chave, pegue... me abra...
Sou filha do ser maior, por isso tenho que ser grande
Sou a fé, a esperança e o amor, aprenda comigo
Sou teu segundo, teu minuto, tua hora de amar
Sou o relógio fazendo tic tac no seu ouvido
Sou teu coração batendo cada segundo por mim
Sou o tudo do seu nada...
Sou alguem que adora cafuné
Sou o feito o confeito... sou o efeito
Sou a gêmea da tua alma
Sou cada letrinha destes versos
Sou a calma, que te acalma...
Porque você sem mim é nada,
eu sem você sou nada...
E nós dois juntos... somos TUDO!


Suely Damasceno
# # #

domingo, 15 de maio de 2011

expresso mundo

Bem-vindo ao mundo das estradas de ferro! No Expresso Mundo você pode comprar trens e locomotivas, construir trilhos e transportar cargas e passageiros para diversos lugares. Divirta-se aumentando a capacidade dos seus trens, evoluindo seus trilhos, ganhando experiência e expandindo seu mundo além das fronteiras. Embarque nesta jornada sob trilhos com seus amigos, todos a bordo!

CONFIRA ABAIXO ALGUMAS IMAGENS DO JOGO!

Paciência Para Ser Paciente



            Crianças são imediatistas: “Mas eu quero a sobremesa agora!” “A gente já chegou?” “Já podemos abrir os presentes?” Em contraste, conforme envelhecemos, aprendemos a esperar. Estudantes de medicina esperam enquanto fazem suas residências médicas. Os pais aguardam com a esperança de que o filho pródigo retornará. Esperamos por aquilo que merece ser esperado, e no processo aprendemos sobre a paciência.
            Deus, que é atemporal, requer de nós uma fé madura que saiba lidar com atrasos que aparentam ser provações. A paciência é um sinal dessa maturidade, uma qualidade que só pode ser desenvolvida com o passar do tempo.
            Muitas orações na Bíblia resultam de uma espera. Jacó esperou sete anos por uma esposa e depois trabalhou mais sete por ter sido enganado por seu sogro (Gênesis 29:15-20). Os israelitas esperam quatro séculos por libertação; Moisés esperou quatro décadas pelo chamado para guiar o povo e mais quatro décadas por uma Terra Prometida na qual não entraria.
            “A minha alma anseia pelo Senhor mais do que os guardas pelo romper da manhã…” escreveu o salmista (Salmo 130:6). O que me vem à mente é a figura de um guarda contando os minutos para que seu turno chegue ao fim.
            Oro por paciência para suportar momentos de provações, para permanecer com expectativa, esperança e fé. Eu oro pedindo paciência para ser paciente.

FONTE:
Philip D. Yancey
Nosso Andar Diário – Ministério RBC
MENSAGENS Q EDIFICAM

O mundo chora


Certas pessoas brincam de viver.
E se a vida a princípio
era um grande jardim onde Deus
podia em pessoa passear,
os anos que se passaram colocaram
uma enorme barreira entre o princípio
e os dias atuais.
Progredimos, evoluímos,
crescemos mais
na nossa própria direção e
nos distanciamos da Mão que
plantou a primeira flor.
Tudo o que tem acontecido
no mundo nos assusta,
as catástrofes abalam tanto nossos
corações quanto as cidades
e civilizações.
Mas me pergunto
se aprendemos com isso.
Me pergunto se aprendemos
que a vida não é um
enorme brinquedo e que nem
sempre estamos preparados
para as conseqûências
dos nossos próprios atos.
Me pergunto ainda se
depois teremos uma idéia diferente
de como gerenciar a vida,
cuidar do que temos
e respeitar a natureza e
nossos irmãos.
O mundo chora atualmente
e os céus choram também.
E não somente porque a terra
se abala e treme,
mas porque nossas casas têm grades,
porque somos presidiários
em uma sociedade que se diz
livre e democrática.
Não vamos onde queremos,
mas onde nossa ousadia permite.
Saímos de casa e não sabemos
se vamos voltar.
Dormimos,
nem sabemos se vamos acordar.
Temos domínio sobre muitas coisas,
mas não dominamos o universo.
E isso aprendemos com muita dor.
Nos ensinam que somos fortes e podererosos,
mas nem sempre se lembram
de dizer que existe um Deus superior
e maior que todas as nossas
forças reunidas,
maior que todas as nossas invenções,
criações e manipulações.
Tudo o que acontece,
porém,
não deve nos deixar desanimados.
Tudo isso deve,
ao contrário, nos acordar,
reforçar uma fé por vezes
pequena demais.
Não estava escrito?
Não estava previsto?
Apenas vemos e vivemos o
que já sabíamos.
Deus não é culpado.
Deus permite,
o homem faz,
a natureza se rebela e todo
mundo chora.
Ainda assim há uma Mão estendida,
uma paz prometida e um
futuro glorioso para os que acreditam
e vivem hoje como se fosse o último
caminho a ser percorrido.
TEXTO: Letícia Thompson
ARTE NA FIGURA: Nena

sexta-feira, 6 de maio de 2011

dias

Tem dia que parece que tá tudo tão difícil, os nossos sonhos e anseios parecem tão distantes e complicados de serem realizados, mas uma das coisas mais lindas disso é que em momentos assim Deus sempre aparece, seja num versículo, num comentário, numa oração, numa mensagem como esta, para nos dizer que Ele não se esqueceu, que Ele está agindo, que Suas mãos não param, que Ele trabalha para os que nele esperam, que Suas promessas são fiéis e verdadeiras, que vale a pena esperar pelo melhor Dele em nossas vidas. Aquele que fez a promessa é fiel... Espere e confie!
texto de autoria de: Tais Angeli Cardoso

domingo, 1 de maio de 2011

Oração do Trabalhador

Jesus, divino trabalhador e amigo dos trabalhadores volvei Vosso olhar benigno para o mundo do trabalho. Nós Vos apresentamos as necessidades dos que trabalham intelectual, moral ou materialmente. Bem sabeis como são duros os nossos dias cheios de canseira, sofrimento e insídia.
Vede as nossas penas físicas, morais e repeti aquele brado de Vosso coraçã: "Tenho dó deste povo".
Dai-nos a sabedoria, a virtude e o amor que Vos alentou nas Vossas laboriosas jornadas, inspirai-nos pensamentos de fé, de paz e moderação, de economia, a fim de procurarmos, com o pão de cada dia, os bens espirituais, para transformarmos a face da terra, completando assim a obra da criação que Vós iniciastes.
E que Vossa luz nos ilumine a nós na busca de melhores leis sociais e ilumine os legisladores a estabelecer uma sociedade de justiça e amor.
Amém!

Autor Desconhecido

terça-feira, 26 de abril de 2011

falando de lupus

o texto veio de outro blog e teve la um comntario e por essa razao posei aqui com o comentario

O lúpus eritematoso sistêmico (LES ou lúpus) é uma doença autoimune do tecido conjuntivo que pode afetar qualquer parte do corpo. Assim como ocorre em outras doenças autoimunes, o sistema imune ataca as próprias células e tecidos do corpo, resultando em inflamação e dano tecidual.
O LES lesa mais frequentemente o coração, articulações, pele, pulmões, vasos sanguíneos, fígado, rins e sistema nervoso. A evolução da doença é imprevisível, com períodos de doença alternando com remissões. A doença ocorre nove vezes mais frequentemente em mulheres do que em homens, especialmente entre as idades de 15 e 50 anos, sendo mais comum nas pessoas que não têm ascendência européia.
O LES é tratável sintomaticamente principalmente com corticosteróides e imunossupressores. Atualmente ainda não há cura. O LES pode ser fatal, no entanto, com os atuais avanços da medicina, as fatalidades tem se tornado cada vez mais raras. A taxa de sobrevivência em cinco anos para pessoas com LES nos Estados Unidos, Canadá e Europa é de aproximadamente 95%, 90% em 10 anos e 78% em 20 anos.
Existem 3 tipos de Lúpus: o lúpus discóide, o lúpus sistêmico, e o lúpus induzido por drogas.
Lúpus discóide
É sempre limitado à pele. É identificado por inflamações cutâneas que aparecem na face, nuca e couro cabeludo. Aproximadamente 10% das pessoas Lúpus Discóide pode evoluir para o Lúpus Sistêmico, o qual pode afetar quase todos os órgãos ou sistemas do corpo.
Lúpus sistêmico
Costuma ser mais grave que o Lúpus Discóide e, como o nome diz (sistêmico=geral), pode afetar quase todos os órgãos e sistemas. Em algumas pessoas predominam lesões apenas na pele e nas juntas, em outras podem predominar as juntas, rins, pulmões, sangue, em outras ainda, outros órgãos e tecidos podem ser afetados. Enfim, cada caso de Lúpus é diferente do outro.
Lúpus induzido por drogas.
O lúpus eritematoso induzido por drogas ocorre como conseqüência do uso de certas drogas ou medicamentos. Os sintomas são muito parecidos com o lúpus sistêmico. Inclusive os próprios medicamentos para tratar o lúpus, podem levar a um estado de lúpus induzido. Por isso é preciso ter certeza absoluta do diagnóstico antes de tomar remédios perigosos como; cortisona, antimaláricos como reuquinol, antiinflamatórios em geral.

amigos

amigos são como estrelas ainda que estejam longe estarão sempre onde os olhos podem ver mesmo que sejam os olhos do coração.

voce é mais que uma amiga voce é uma irma por isso esta nao so no coraçao mas em todas as minhas oraçoes te amo com amor de cristo voce é linda


A verdadeira amizade é aquela que nos permite falar, ao amigo, de todos os seus defeitos e de todas as nossas qualidades.
Millôr Fernandes

Não é amigo aquele que alardeia a amizade: é traficante; a amizade sente-se, não se diz.
Machado de Assis

Quando defendemos os nossos amigos, justificamos a nossa amizade.
Marquês de Maricá

terça-feira, 19 de abril de 2011

porquinho no espelho

 Bion era um menino que não gostava de tomar banho. Não só não gostava de tomar banho, como também não gostava de jogar lixo na lixeira. Só jogava fora dela.
- O espaço fora da lixeira é muito maior, por isso a gente erra o alvo - desculpava-se. 

Só isso? Não! Detestava fazer muitas outras coisas que o manual de boas maneiras recomenda. Chutava tudo o que encontrava pelo caminho, falava palavrão e ainda era respondão.

 Quando tomava sorvete, saboreava a guloseima com gosto, despertando inveja nas crianças, lambuzando o rosto, a roupa, as mãos, o chão, enquanto caminhava bem devagar. Os lábios dele chegavam a ficar da mesma cor do sorvete. Ele não se importava com isso, por isso não os limpava.  
 Na escola era o único a sentar-se isolado, porque ninguém gostava de se sentar perto dele. Mas não pense você que Bion se chateava com isso. Nem um pouco. Ao contrario, ficava contente e se achava o máximo.
 - Bion, Bion, Bion... – sua mãe vivia lhe dizendo. – Você vai sofrer muito na vida por causa desse seu comportamento esquisito.
 - Vou nada, mãe! Eu vou é lucrar.
 - De que jeito?
 - De todo jeito. 
 - Como?
 - Na escola, posso sentar onde quero e ninguém me incomoda.
 - Mas você não sabe o que falam de você.
 - E daí?
 - E daí que não gosto que falem de meu filho nem inventem apelido pra ele. Seu pai também não. Nem seus avôs. Nem seus tios e primos. Nem ninguém da família! 
 - Preocupação boba, mãe. A senhora não devia se preocupar com isso.  
 Mas Dona Gracildes se preocupava. E se queixava aos familiares. Até que um dia alguém aconselhou-a a levá-lo ao psicólogo. 
 Dona Gracildes levou-o a Dra. Mírian, psicóloga da escola, e
contou-lhe sua aflição. 
 A Drª. Mírian comprometeu-se em ajudar Bion. 
Assim, no primeiro encontro com ele, ela lhe perguntou:
 - Você se sente bem fazendo as coisas que faz?
 - Não sei.
 - Sente ou não sente?
 - Às vezes sinto. Às vezes não.
 - Você poderia me explicar melhor?
 - É assim, tia... Quando alguém faz uma coisa que eu não gosto, quero fazer pra ele uma coisa que ele não gosta.
 - Sim. E daí?
 - Daí que quando me fazem coisas que eu gosto, fico com vergonha de só fazer o que eles não gostam.
 - Ah! Então sua consciência lhe diz que é errado o que você faz?
 - Não sei. O que é consciência?
 A Drª. Mírian pegou o dicionário e leu a definição de consciência.  Como Bion não conhecia o significado de algumas palavras, ela explicou-o na linguagem dele. 
 - A senhora quer dizer que eu posso saber se o que faço é certo ou errado?
 - Isso, Bion. É como se existisse dentro de você um outro “Bion”, que lhe dissesse o tempo todo como fazer corretamente. Só que você não o obedece.
 Depois disso Bion passou a observar mais sua “consciência”. 
 Em casa contou para os pais que havia dentro dele um outro “Bion”, que era o oposto dele e iria ajudá-lo. Só não sabia como esse outro “Bion” faria isso.

 O tempo foi passando... Bion estudando. Aprendendo. Só que dentro da cabeça dele surgia um conflito que ele não sabia resolver.
Ao mesmo tempo em que achava que ninguém sabia o que ele estava fazendo, pressentia que alguém o observava, mas alguém quem? 
 Numa manhã, entretanto, ao escovar muito mal os dentes e passar apenas as pontas dos dedos molhados nos olhos, tipo banho de gato, pensando que enganava todo mundo, assustou-se
ao ver a imagem de um porquinho no espelho.
 - Mãããnhêêê!... Paaaaiiiiiêêêê!... – gritou apavorado. 
 Os pais dele correram ao banheiro, com medo de ter-lhe acontecido algo. A porta estava aberta. Eles entraram.
 - Que foi, Bion? – perguntaram os dois quase ao mesmo tempo.
 - Olhem no espelho.
 Eles olharam no espelho e nada viram a não ser eles próprios. 
 - Não tem nada aqui, Bion – disse seu pai.
 - Não vejo nada também – disse sua mãe – a não ser nós mesmos.
 - Tem um porquinho aí!
 - Como tem um porquinho aqui? – perguntou o pai. – O espelho só reflete o que está na frente dele, Bion. Não pode refletir um porquinho, se não tem um porquinho no banheiro. Isso é lógico! 
 - Mas eu vi um porquinho aí!
 Bion viu, Bion não viu... Ficariam nisso a manhã toda, mas o Sr. Almeida tinha de deixar Bion na escola antes de ir trabalhar e a Srª. Almeida cuidar dos afazeres domésticos. A família Almeida, assim como todas as famílias logo cedo, não tinham tempo a erder. Muito menos com um porquinho invisível.  
 - Trate de se arrumar logo senão vai se atrasar – disse Dona Gracildes para Bion.

Os pais saíram do banheiro.Bion ficou. Todavia, antes de sair, olhou para o espelho a distância, desconfiado, mas só viu seu rosto. Aí, zombando da própria imagem, mostrou-lhe a língua, fezcareta, sorriu e depois saiu correndo.

 Na escola, estudou. Lanchou. Brincou no recreio. Tentou esquecer o porquinho, mas não conseguiu. 
 No encontro com a Drª. Mírian contou-lhe o acontecido e ela lhe disse:
 - Isso é reflexo de sua consciência. Você começa a se conscientizar do erro que faz, mas ainda teima em manter seu hábito atual.
 - Então minha consciência aparece no espelho?
 A psicóloga riu.
 - Não, Bion. Sua consciência não aparece no espelho. A
consciência de ninguém aparece no espelho, aliás. Ela fica na mente da pessoa.
 - Mas então por que eu vi o porquinho no espelho?
 - Você não viu. Foi sua imaginação que viu. A imagem no espelho era a de seu rosto. 
 - Mas eu vi um porquinho no espelho e não sou um porquinho.
 - Sei disso, Bion. Não é um porquinho que você viu, mas sim você mesmo.
 - Eu vi um porquinho!
 Ao término do atendimento, Bion foi para casa. Com medo de ver o porquinho de novo, evitou entrar no banheiro. Mas teve uma hora em que precisou entrar. Pensou pedir proteção da mãe, mas
mudou de idéia. Entrou. Contudo, não olhou para o espelho. 
        
 Dias seguidos ele ficou sem olhar para o espelho. Entrava no banheiro, fazia tudo muito depressa e depois saía correndo. Porém, numa tarde de domingo, quando seus avôs, tios e primos foram à casa dele assistir a uma partida de futebol, ele entrou no banheiro. Seu time tinha vencido. Ele assobiando lavou somente as pontas dos dedos em vez de as mãos. Olhou distraidamente para o espelho. O porquinho estava lá, olhando para ele.
 Bion sentiu um arrepio no corpo. Um tremor gélido. Um medo repentino. Mas logo se refez e corajosamente perguntou ao invasor:
 - Quem é você? 
 - Sou sua consciência – respondeu o porquinho. 
 - Mentira! Minha consciência não existe, ouviu? Você é só minha imaginação.
 - É mesmo? Quem disse isso?
 - A Drª. Mírian.
 - Verdade?! Quem é a Drª. Mírian?
 - A psicóloga da escola. 
 - Ah, é? Então você tem uma psicóloga? Que lindo!
 - Tenho, sim. E ela falou que você não existe. Por isso, vou fazer você desaparecer daí – Bion passou a mão molhada no
espelho. O porquinho não desapareceu. Esfregou uma toalha. O
porquinho nem se mexeu. 
 - Ué! Não vai chamar sua mãe nem seu pai como fez da outra vez? – perguntou-lhe o porquinho como se zombasse dele. – Não está com medo de mim?
 - Não estou, porque você não existe.
 - Existo, sim. Por isso estou aqui.
 - Se é assim, então sai daí e fica aqui perto de mim. Quero ver. 
 Claro que o porquinho não sairia. Claro também que Bion ficou com um pé na porta e outro levantado para poder pular caso o porquinho saísse. Assim, simplesmente voaria dali. 
 - Viu como você não existe? Você não consegue sair daí – cantarolou Bion, encolhendo os ombros. 
 - Você tem razão – disse o porquinho meio desconsolado. – Sou só sua imaginação. Mas bem que gostaria de sair daqui. Aí ia dar um susto daqueles em você.
 - Ah, é? Coitadinho. Até parece... Quer saber de uma coisa?
Não vou mais pensar em você. Assim você não aparece no espelho pra me assustar.
 - Apareço, sim. Meu aparecimento aqui não depende de seu pensamento. Também não venho pra te assustar.
 - Como assim?
 Nisso a mãe de Bion o chamou:
 - Biiiooon!!! Vai ficar o tempo todo no banheiro? Tem gente
querendo entrar!
 - Já vou, mãe!
 O porquinho desapareceu.
 Bion saiu do banheiro, uma menina em seguida entrou. Ele pensou falar pra ela: “Cuidado com o porquinho”, mas não falou. A menina poderia ficar com medo.
Ele entrou na cozinha. Dona Gracildes e tia Ingrid faziam pipoca lá.
 - Oba, pipoca! – alegrou-se, varrendo com isso o porquinho do seu pensamento. 
 - Sim. Vai esperar quietinho lá na sala – disse-lhe a mãe -, que já vamos lá.
 Os familiares estavam na sala aguardando a pipoca.
 Momentos depois, Dona Gracildes e tia Ingrid colocaram a pipoca na mesa.
 Dona Gracildes perguntou para Bion:
 - O que você fez no banheiro esse tempo todo?
 - Conversei com o porquinho.
 A família toda riu.
 - O quê? – perguntou o Sr. Almeida. – Conversou com o porquinho?
 - Que porquinho é esse? – quis saber tio Gustavo, esposo de tia Ingrid.
 - Ih, Gustavo! Nem te conto. Um dia ele viu um porquinho no espelho. Ficou com medo dele. Agora diz que conversa com ele.
Você acredita nisso? 
 - Eu, não!  
 - Ah! Ah! Ah! Ah!... – todos caíram na risada.
 - O que você conversou com o porquinho, filho? – perguntou-lhe a mãe, como se acreditasse. 
 - Muitas coisas.
 Mais risos. Alguns até quase engasgaram com a pipoca.
 - Vocês não acreditam? Então vamos lá ver – disse Bion. 
 - Vamos! – levantou-se o pai. – Vamos pro quarto pessoal, porque o espelho de lá é grande e dá pra todo mundo ver. Vamos ver o porquinho misterioso de Bion.
 - Oba! Vamos ver o porquinho no espelho! – alegraram-se as crianças.
 Foram todos para o quarto e ficaram na frente do espelho. Mas só viam o rosto deles mesmos.
 - Viu, como não é verdade? – disse o Sr. Almeida para Bion. – Vê se inventa outra, vai.
 - Será que você não sonhou, meu filho? – perguntou Dona Gracildes.  – E pensa que conversou com ele?
- Não sonhei, mãe. Conversei com o porquinho de verdade.
 - Há! Há! Há! Há! – a turma não agüentava mais de rir. 
 - De que cor era o porquinho? – perguntou Larissa, sua prima.
 - Ora, da cor do porco – respondeu Bion. – Você não sabe a cor do porco?
 Mais risadas.
 - Essa história tá divertida demais – disse tio Marcelo, rindo. – Tá melhor que o jogo. (Tio Marcelo tinha ficado chateado porque torcia pelo time que perdeu.)
  - Chega dessa história de porquinho aqui – disse o Sr. Almeida para Bion. 
 - Mas, pai...
 - Nada de mas! Não existe porquinho no espelho e ponto final.
 - Será que ele não assistiu “Branca de Neve e Os Sete Anões” e agora pensa que o espelho daqui é mágico, como o lá da história?
– zombou tio Valter.
 - Ah! Ah! Ah! Ah!...
 Voltaram todos para a sala, decepcionados. As crianças mais ainda. 
João Hélio, filho de tia Ingrid, no colo da mãe, choramingou:
 - Eu quero ver o porquinho, mãe.
 - Ele não quis aparecer, filho. Outra hora ele aparece.
- Eu quero ele pra mim, mãe. Quero levar ele pra casa – tornou o menino.
A mãe o agradou.   - Depois mamãe compra um igualzinho pra você, está bem, filho? Aí você vai ter um porquinho pra brincar com ele o tempo todo. 
 Mais risos.
 - O que vai ter de criança querendo brincar com o porquinho do espelho – riu tio Marcelo –, não vai ser brincadeira. E o pior é que não sabemos sequer a cor do porquinho.
 Patrícia, irmã mais nova de Larissa, perguntou para Bion:
 - O porquinho que você viu tinha orelhas de porco? 
 - Tinha sim – respondeu Bion para Patrícia. – Senão não seria porco.
- Ah! Ah! Ah! Ah!... – todos riram.
 - Agora vamos ficar em silêncio – disse o Sr. Almeida ainda rindo para as crianças –, pra gente poder assistir ao filme que gravamos no sítio. 
 - Obááá!... 
 - Uaaauuu!... 
Agora de olho na TV os familiares riam com as cenas do filme cujos personagens eram eles mesmos, enquanto comiam ruidosamente a pipoca e bebiam refrigerante. Porém, de repente:
 - JÁ SEI!!! – gritou Bion se levantando, assustando todo mundo. - A gente só vê o porquinho no espelho do banheiro. 
 - De novo, Bion? – o Sr. Almeida zangou.
 - Calma, Almeida – disse Dona Gracildes. – Não fique bravo com ele.
 - Por que não vamos ver no espelho do banheiro, então? – propôs tio Gustavo, se levantando. – Quem sabe o porquinho aparece lá. 
 Foram ao banheiro. Mas o espaço de lá era pequeno demais para tanta gente. Então se espremeram para entrar. Afinal, ninguém perderia a oportunidade de ver o porquinho.
 - Se essa história for verdade – disse tia Pâmela – vocês vão ter que aumentar o tamanho do banheiro, porque muita gente vai querer vir aqui ver o fantasma.
 - Fantasma? Quem falou em fantasma? – perguntou tio Marcelo, esposo dela. – É só um porquinho, Pâmela. 
 - Sim, mas, como ele não existe, não é um fantasma?!
 - Não sei. Fantasma pra mim é aquilo que assusta, que anda por aí. E esse porquinho pelo visto não assusta ninguém e não sai do espelho. Se assustasse, Bion não conversaria com ele.
 - Se é que existe – disse tio Valter -, porque acho que não vai aparecer porquinho nenhum aqui. Melhor a gente ir ver o vídeo na sala. É mais confortável la.
 - Também acho – concordou o Sr. Almeida. – Não existe porquinho nem no espelho do quarto, nem do banheiro – disse olhando para Bion.
 - Vai ver que ele ficou com vergonha de aparecer – disse tia Ingrid.
 - Ah! Ah! Ah! Ah!... 
 - Quem disse que fantasma tem vergonha? – perguntou o esposo dela.
 Saíram dali, rindo.
 - Essa história de porquinho é mesmo muito boa – disse tio Valter para tio Marcelo. – Ainda vai dar o que falar.
 - Se vai!... 
 Mais risos.
Os pais de Bion, entretanto, pareciam não achar muita graça.
A história do porquinho já estava indo longe demais. 
“Essa história não deve sair daqui”, o Sr. Almeida pensou dizer aos familiares, mas achou que bancaria o ridículo. Como iria impedir que as crianças comentassem noutro dia na escola?
Talvez, se não desse importância, esquecessem, concluiu.
Percebendo o desapontamento deles, tia Juliana disse para consolá-los:
 - Isso é normal nessa idade. Aos nove anos toda criança gosta de soltar a imaginação, de mentir.
 - Eu não! – disse Igor, seu filho, que também tinha nove anos de idade.
 - Ah, é? Olha só quem diz – disse tio Valter, o pai dele. – Se eu contar suas histórias aqui não sobra tempo pra gente ver o filme da família. 
 E você, costuma contar histórias???
  
 Um dia, entretanto, quando Bion tomava banho de gato na frente do espelho, o porquinho apareceu. Querendo provar sua existência, Bion gritou:
 - PAPAI, MAMÃE! VEM VER O PORQUIIINHOOO!
 Os pais correram ao banheiro. Olharam no espelho. Mas só viram eles mesmos.
 - É só sua imaginação, filho – consolou-o a mãe, passando a mão nos cabelos dele. A psicóloga já havia dito para ela não dar atenção às histórias dele, que “essas invencionices de criança passam com o passar do tempo”, tal qual tia Juliana dissera. Contudo, mesmo assim... Bem, cá entre nós, ela estava louca para ver o porquinho. O Sr. Almeida também, senão não correria para vê-lo.

 Depois disso o porquinho misterioso ficou algum tempo sem aparecer. Porém, quando apareceu, em vez de chamar os pais,
Bion lhe perguntou: 
 - Por que todo mundo não vê você se eu vejo? 
 - Porque sou sua imaginação. Na imaginação deles eu não existo.
 - Não sei, não. Eu não imagino você.
 - É o que você pensa. Em seu subconsciente eu apareço como um porquinho.
 - Por quê?
 - Porque você anda sempre sujinho. Não gosta de lavar as mãos nem antes, nem depois de comer. De lavar o rosto quando acorda. De escovar os dentes. Calça tênis com pés molhados. Eles ficam fedorentos. Joga lixo na rua. Limpa o salão na frente dos outros...
 - Pára!
 - Por que “pára”? Então tudo isso não é verdade?
 - Não é! É mentira sua, ouviu? – disse Bion muito zangado, apontando o porquinho. – Não acredito em você!
 - Oh, “quando você apontar com um dedo, lembre-se de que outros três dedos seus apontam para você”. Provérbio inglês.
Lembre-se disso.
 - O que é provérbio?
 - Sabia que você ia perguntar. É uma lição. Um modo de dizer: “faça isso” ou “não faça isso”.
 Bion testou na hora e viu que era verdade. Você aponta o indicador para frente, mesmo que dobre o polegar, o médio, o anular e o mindinho ficam apontados para você. Faça essa experiência!!!
 - É mesmo! – sorriu Bion. – Porquinho sabido. Você tá certo.
- É bom que você aprenda isso, ouviu? – continuou o porquinho. – Nunca aponte ninguém. Agora, o que eu lhe disse antes não é mentira. Quer ver? Observe seus coleguinhas de
escola. Sabe como eles apelidam você?
 - Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe.
 - Ah, é? - O porquinho riu e depois falou: - Bion porquinho, rei da sujeira. Eles até inventaram uma musiquinha assim, ó:
“Bion porquinho,  
Bion porquinho,  
Rei da su-jei-rá-rá. 
Bion porquinho,  
Bion porquinho, 
Rei da su-jei-rá-...” 

 - Pára! – Bion o interrompeu.
 - É o que eles dizem. E é o que cantam também.
 - Mentira sua! Por que então eu nunca ouvi?
 - Porque não cantam perto de você. Só entre eles. E riem o tempo todo.
 - Men-ti-ra! – soletrou Bion com as mãos em volta da boca em
forma de funil.
- Ah, é? Então preste atenção neles. Mas escondido pra não verem você.
 Bion pensou em dizer ao porquinho:
- “Não vou prestar atenção em ninguém! Nem vou mais falar com você! Não gosto de você!”  Porém, não disse. Ao contrario, preferiu verificar.

Nos dias seguintes observou o zunzum na classe. Não deu outra.
Certo dia, quando menos esperava, depois de uma partida de futebol, no banheiro, pensando que ele não estava perto, Diego, aluno novo na classe, comentou:
 - Não gosto de ficar perto de Bion. Ele fede muito.
 - Não é só você. Ninguém gosta de ficar perto dele – disse Tales.
 - É por isso que o apelido dele é Bion porquinho – lembrou Mateus.
 - Sim - completou Pedro, rindo: – Bion porquinho, rei da sujeira.
- Coitado – apiedou-se Diego. – Por que a gente não fala pra ele tomar banho?
- Ele não gosta de tomar banho. Você não vê depois do futebol? A gente vai pro chuveiro e ele não. Calça aquele tênis sujo, fedorento e vai embora. Nem se despede da gente. No dia seguinte ninguém agüenta ficar perto dele, cara!
 Bion chorou muito, escondido. Esperou que todos saíssem do banheiro para sair sem ser visto.
 “Então é verdade”, concluiu. O porquinho bem que tinha razão.
 Em casa, depois do almoço, distraidamente usou o banheiro e não lavou as mãos. Não demorou muito o porquinho apareceu.
 - Você tinha razão – disse tristemente. – Eles falam de mim o tempo todo.
 - Disseram assim: “Bion porquinho, rei da sujeira”?
 - Por que você repete? Disseram, sim. Desse jeito mesmo.
Aqueles... Aqueles...
 - Opa! Xingamento, não! Quer dizer que agora acredita em mim?
 - Acredito. Só que não vai ficar assim, porque vou acabar com todos eles. Vão ter que parar com isso.
 - Vai acabar com todos eles como? Matando um por um?
 - Claro que não. Dando uma surra neles.
 - Não vai conseguir.
 - Por quê?
- Porque muitos deles são maiores e mais fortes que você. E bater nos mais fracos é covardia. Por que não lhes dá o troco mudando seu comportamento?
 - Porque não quero! E fique sabendo que covardia é falar mal dos outros, ouviu? Eles são covardes e acho que você também.  
- Por quê?
 - Por que fica me dizendo isso, seu burro, em vez de me ajudar – disse Bion muito zangado e saiu do banheiro.
 Ele não percebia, mas ajudá-lo era tudo o que o porquinho estava tentando fazer.

 Você percebeu isso?
Nos dias seguintes, entretanto, com raiva do porquinho,entrava no banheiro e não olhava para o espelho. Tirava a roupa depressa. Entrava no boxe. Tomava banho. Depois, sempre de olhos fechados, abria o armário, colocava a pasta na escova e escovava os dentes olhando para a parede. Quando ia guardar os
objetos que usara no armário, fechava novamente os olhos, só para não ver o porquinho.
 Assim, o tempo foi passando e ele não percebia o que acontecia com ele. Mas seus pais sim. Não lhe diziam nada para não “quebrar o encanto”. Mas se alegravam e até comemoravam.
- Ele está aprendendo comigo – gabou-se o pai. – Vai ser tão vaidoso quanto eu.
- Não senhor, comigo – disse a mãe. – Sou eu quem ensina ele o tempo todo.
Na escola também notavam a mudança no comportamento dele. Tão desleixado antes, agora cuidava do material escolar.
Caprichava na letra e evitava rasuras. Limpava a carteira sempre que usava a borracha. Estudava mais e fazia os exercícios direitinho. A Professora Elenira se admirava. Nem parecia o Bion de antes. “O meu Bion”, ela dizia. Conferia as respostas dos outros com base nas respostas dele.
- Que bom! – alegrou-se Dona Isabel, diretora da escola,
numa das reuniões de professores. – Ele vai servir de exemplo para os outros alunos da escola.
- Exemplo positivo – disse maldosamente o professor de Geografia. – Que negativo já temos demais aqui.
A diretora ignorou o comentário maldoso dele e depois continuou:
- Mas que gracinha! Que bom se acontecesse isso com todos os alunos – suspirou. - Nossa escola seria a mais destacada de Pouso Alegre.
- Uhuuu!...
Os colegas notavam também a maneira de Bion se vestir. De andar na rua sem chutar mais nada e comentavam:
 - Que será que aconteceu com ele?
 Na sala de aula passaram a sentar-se perto dele, a conversar com ele. Como sempre sabia a resposta, queriam saber como aprendia tão depressa.
 - É que eu estudo – respondia ele sem dar muita explicação.
As meninas descobriram que era bonito. Os meninos, que era um bom amigo.
 Os pais não cabiam em si de contentes. Os avôs, tios e primos também. Eles tinham sofrido demais com o comportamento desregrado do menino rebelde.
No aniversário dele o Sr. Almeida presenteou-o com uma bicicleta. A mãe com um skate. Os avôs paternos, Sr. Otávio e Dona Lenira, com um computador. Os maternos, Sr. Antônio e Dona Teodora, com a reforma do quarto. Bion tirou pôsteres rasgados, adesivos e outros objetos danificados das paredes. Colocou novos. Além disso, livrou-se dos tênis velhos e fedorentos e passou a usar os novos que sua mãe comprara. Não deixava mais brinquedos, nem roupas, nem sapatos espalhados pelo chão.Bion de fato mudou muito. Passou a usar roupas da moda. Bonés sofisticados...
Mas, e quanto ao porquinho? Você deve estar se perguntando.
Bion continuava sem vê-lo. Não olhava para o espelho, simplesmente o ignorava. Por outro lado, ele pensava assim: “Já que não consigo provar a existência dele, melhor deixá-lo de lado.” Afinal, os  pais já tinham desistido de vê-lo. Por que insistir com um porquinho irreal?  
Os avôs, sim, tanto paternos quanto maternos, acreditavam na história dele, mesmo sem ver o tal porquinho. 
  

Bem, o tempo foi passando. Bion se transformando. Usando roupa bonita. Ficando cada vez mais bonito. Agora passava talco anti-séptico nos pés, nos tênis e não os calçava com os pés molhados. Tornou-se outro.
Enfim, no último dia de aula ele recebeu o prêmio de melhor aluno da escola. Além de ser o mais asseado. Era o mais aplicado. O mais organizado. E ainda se destacava nos esportes. Um ás!
- Viva Bion! – aplaudiam os colegas.
- Bion é o maior!
Abraços e beijos. Emoções a mil.
Em casa, foi surpreendido pelos pais, avôs, tios e primos, que fizeram no fim de semana uma big festa para comemorar o evento e ainda deram-lhe presentes.
Bem, depois disso tudo, que mais dizer de Bion?
Que resolveu fazer as pazes com o porquinho. Pensando assim, decididamente entrou no banheiro e ficou algum tempo olhando para o espelho. Mas o porquinho não apareceu. Tudo o que ele via era seu próprio rosto. Olhou de um lado. De outro, se afastou, nada! Ficou decepcionadíssimo.
 “Vai ver que ele não existia mesmo”, concluiu por fim. “Quem sabe era só minha imaginação.”
 Entretanto, ficou muito triste por não ver o misterioso amigo.
O tempo foi passando, ele fazendo tudo direitinho. Isto é,
tomava banho sem esquecer as dobrinhas, as orelhas, o nariz. Escovava demoradamente os dentes. Depois passava fio dental. Usava cotonete para limpar o salão, em vez de dedo.  Bion ficou tão certinho que não tem nem graça continuarmos nossa história. Você concorda comigo?

       ☺☻☺
    No ano seguinte, duas semanas antes do Carnaval, início das aulas. Classe nova. Turma nova. Colegas novos. Muitos alunos foram para outras escolas. Muitos vieram de outras escolas.
 Andréia, a nova professora, achou-o demais. Ela também era nova na escola. Na sala dos professores, ficou surpresa ao saber que em anos anteriores ele fora um dos alunos mais relaxados da classe.
 - Isso é incrível! – admirou-se ela. – Que milagre será que aconteceu com ele?
- O tratamento que fez com a Drª. Mírian – lembraram. Aí a Drª. Mírian teve lugar de destaque.  
 Nenhum aluno dos que permaneceram na escola ousaram lembrar-se sequer do apelido dele. Agora eram eles que deviam se cuidar, senão passariam a ser os famosos “sujinhos” da escola.
Afinal, perto de Bion qualquer um poderia parecer malvestido.
Bem, se eles não fizeram isso, tampouco eu o farei. Ainda mais agora que nossa história chega ao fim. Vamos encerrá-la, portanto, com chave de ouro, não é verdade? Por falar nisso, que tal, você gostou dela? Dê-me sua opinião, vai!  Só é preciso dizer que no meio do ano ele se descuidou. Isto é, teve uma recaída. Às vezes escovava os dentes depressa e não passava fio dental. Além disso, insistia com o chato banho de gato.
De novo aquela mania de achar que ninguém o observava.
 Porém, um dia, ao passar água no rosto com as pontas dos
dedos, viu seu rosto se transformar pouco a pouco no do porquinho.
 Aí ele ficou olhando surpreso para o porquinho e depois perguntou:
 - O que aconteceu com você? Por que sumiu?
 - Eu não sumi – respondeu o porquinho. – Estou sempre aqui.
 - Se é assim, por que eu não vejo você?
 - Vê sim, todos os dias.
 - Tá louco? De que jeito?
 - Como o seu próprio rosto.
 - Meu rosto eu vejo quando olho no espelho.
 - É isso aí. Só que quando você vê seu rosto, não vê o meu.
 - Nem precisa me explicar isso, porque sei. Tô falando de ver você, não eu.
 - Bem, Bion, eu não devia te contar. Mas, já que insiste. Eu só apareci porque você era relaxado. descuidado. Não gostava de tomar banho. Lavar rosto. Escovar dentes. Vivia limpando o salão
com o dedo. Caca! Ainda jogava lixo na rua e chutava tudo o que via, estragando os sapatos. Agora você não faz mais nada disso.
Só relaxou esses dias, por isso estou aqui.
 - Ah, é, então é assim? Quando eu me arrumo direitinho eu vejo o meu rosto? Quando não me arrumo eu vejo o seu?
 - Isso mesmo! Entendeu agora?
 - Entendi. Puxa vida! E eu que pensava odiar você por me dizer aquelas coisas.
 - Não ia adiantar nada, porque eu não existo. Você só ia odiar você mesmo e ódio não leva ninguém a lugar nenhum. Lembre-se disso: “Aquele que odeia sofre mais que o odiado”.
 - Tá bom. Tá explicado. Mas me explica mais uma coisa: Se eu sou você, por que você sabe coisas que eu não sei?
- Boa pergunta. Só não sei a resposta – o porquinho riu.
- Viu, como não sou você? Você riu e eu não.
- Tá certo, menino esperto. Mas essa é uma outra história.
Fica pra outra vez.
- Pra outra vez, quando?
- Êh, menino curioso! Você faz tanta pergunta que nem sei se devo responder.
- É que gosto de saber, ora! Mais uma: Já que agora vou fazer tudo direitinho, como faço pra conversar com você, quando eu quiser?
 - Muito simples. Converse com sua imagem, que sou eu mesmo. Lembre-se: O porquinho não existe. Existe apenas na sua imaginação. Você quer ver?
 - Quero.
 O porquinho foi se transformando pouco a pouco no rosto de Bion e este gritou:
 - Porquiiiiinhoooooo!...
 Ao ouvir o grito, sua mãe correu ao banheiro. Bateu à porta eschamou:
 - Bion? Você está bem?
 - Estou, mãe.
 - Então, por que gritou?
 - Por nada, mãe.
 “Não adianta falar pra ela do porquinho”, pensou.
 “Esse menino! Deve ter dormido sentado no vaso sanitário e sonhado com o tal porquinho imaginário dele”, concluiu por fim Dona Gracildes.
 Todavia, ficou em dúvida, porque Bion não era sonâmbulo